Os primeiros passos
Em 1985, nos Estados Unidos, numa parceria entre a Sociedade Americana para o Câncer e a divisão farmacêutica da Imperial Chemical Industries (ICI), hoje pertencente à AstraZeneca, foi lançada uma campanha internacional de saúde: o Mês de Conscientização sobre o Câncer de Mama, como é conhecido o Outubro Rosa naquele país. Algumas celebridades como, por exemplo, Betty Ford, ex-primeira dama (1974-1977) dos EUA e sobrevivente do câncer de mama, ajudaram a impulsionar o evento que durou uma semana.
Alguns anos mais tarde, em 1993, Evelyn Lauder, vice-presidente da empresa de cosméticos Estée Lauder, criou a Fundação de Pesquisa para o Câncer de Mama (Breast Cancer Research Foundation) e estabeleceu a fita rosa como seu símbolo, embora esta não tenha sido a primeira vez que a fita havia sido usada para simbolizar o câncer de mama. No outono de 1991, a Fundação Susan G. Komen já havia distribuído fitas cor-de-rosa aos participantes de sua corrida em Nova York, homenageando as sobreviventes do câncer de mama.
O objetivo inicial do Mês de Conscientização sobre o Câncer de Mama era educar as mulheres sobre essa doença e alertá-las a respeito dos testes de detecção precoce, para que pudessem cuidar da saúde da mama. Um dos principais objetivos era, também, promover a mamografia como uma ferramenta importante a ser usada na luta contra essa enfermidade.
Desde o início, campanhas para aumentar a conscientização sobre a doença, educar as pessoas sobre métodos de prevenção e detecção precoce e arrecadar dinheiro para apoiar a pesquisa foram estendidas a países ao redor do mundo. Hoje, organizações sem fins lucrativos, agências governamentais e sociedades médicas trabalham juntas para promover a conscientização sobre o câncer de mama.
Outubro Rosa no Brasil
O movimento internacional de conscientização para o controle do câncer de mama – OUTUBRO ROSA – chegou ao Brasil em 2002 e, naquele ano, a primeira ação em prol da luta das mulheres contra a doença foi a iluminação em cor de rosa do monumento chamado de Obelisco do Ibirapuera, na cidade de São Paulo. Depois disso, o evento seguiu sem muito destaque por alguns anos até 2008, quando a movimentação ganhou força em várias cidades brasileiras que abraçaram o Outubro Rosa, fazendo companhas, promovendo corridas e, assim como no resto do mundo, iluminando os principais monumentos com a cor rosa durante a noite.
Dezesseis anos mais tarde, em 16 de novembro de 2018, foi sancionada a lei que dispõe sobre as atividades da campanha “Outubro Rosa”, visando à conscientização sobre o câncer de mama. Promovem-se diversas atividades, entre as quais se destacam: informação à população sobre questões referentes ao câncer de mama; promoção de palestras sobre o tema com ginecologistas, mastologistas e oncologistas; incentivo à população susceptível a fazer o rastreamento da doença; distribuição de laços cor-de-rosa; e utilização de iluminação nessa cor em prédios públicos.
Durante o mês de outubro, as sobreviventes do câncer de mama e aquelas portadoras da doença são celebradas e incentivadas a compartilhar suas histórias. O mês também é dedicado a arrecadar fundos para a pesquisa do câncer de mama e outras causas relacionadas.
Neste outubro de 2021, o YÁZIGI se une às diversas entidades promotoras do OUTUBRO ROSA e homenageia todas as mulheres que, corajosamente, enfrentam e vencem essa doença através da detecção precoce e de tratamento adequado.
Fontes:
https://brevardhealth.org/a-brief-history-of-breast-cancer-awareness-month/
https://www.britannica.com/topic/Breast-Cancer-Awareness-Month
http://www.outubrorosa.org.br/historia.htm
https://www.inca.gov.br/assuntos/outubro-rosa
Liége Frainer Barbosa - Professora de inglês e francês no Yázigi Torres