A doutora responde...

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A mastologia é a especialidade médica que cuida das glândulas mamárias.

Portanto, tudo o que for relacionado com as mamas é tratado pelo médico mastologista.

Isso inclui quaisquer condições que possam afetar os seios, como dores, inchaços, infecções e, claro, o câncer.

Convidamos com a Dra. Aline Carlos Gomes para responder algumas perguntas frequentes:

1-     Quando se deve procurar um mastologista?

SEMPRE QUE NOTAR QUALQUER MUDANÇA NAS MAMAS (inversão de mamilos, secreção, coloração, nódulos, retrações, dores e etc). 

Se o resultado de exames apresentar alguma alteração (ex. ecografia e mamografia)

Mesmo sem sintomas, é importante consultar com o mastologista ou ginecologista anualmente para realizar os exames de rotina.

 2-     Qual a diferença entre mamografia e ultrassom?

MAMOGRAFIA É UM RX DAS MAMAS, É O EXAME QUE DETECTA LESÕES MILIMÉTRICAS, LESÕES ANTES DE VIRAREM CÂNCER.

Por isso é o exame de rastreio indicado para realizar anualmente a partir dos 40 anos, ou antes, se houver sintomas. Pois com este exame conseguimos prevenir o câncer de mama.

ULTRASSOM ou ecografia, é o exame utilizado para complemento da mamografia, portanto não substitui a mamografia, pois não tem capacidade de diagnosticar as lesões precursoras de câncer como a mamografia. Ele é utilizado para avaliação de nódulos e cistos, biópsias guiadas, e como complemento para as mamas densas.

3-     A radiação da mamografia é prejudicial?

Não é prejudicial!

A Mamografia é um exame seguro e o único exame que é comprovadamente capaz de diminuir a mortalidade por câncer de mama.

4-     Quais são as doenças de mama mais comuns?

O Câncer de mama, infelizmente é o câncer que mais mata mulheres no nosso país.

Das alterações benignas, mais comumente encontradas, estão cistos simples e o nódulo chamado fibroadenoma, ambos não aumentam a chance de ter câncer de mama, nem se tornam um câncer de mama.

5-     Biópsia ou punção? O que é e como é realizada?

Temos a punção por agulha fina, que é utilizada para lesões líquidas, ou seja, cistos, que nada mais é do que uma “injeção” para aspirar o líquido e células da lesão.

Para as lesões sólidas, tumores, temos a opção da biópsia por agulha grossa, essa, é realizada com anestesia local, uma espécie de “pistola” é disparada na lesão e retirado alguns pedacinhos para análise, não precisa de pontos nem cortes, a paciente vai para casa apenas com um curativo.

A biópsia muitas vezes é realizada guiada por ultrassonografia para melhor identificação da imagem a ser biopsiada.

Existe ainda a biópsia realizada para lesões que são apenas identificadas pela mamografia, que é a exterotaxia ou mamotomia, tecnicamente é parecida com a de agulha grossa, porém guiada pela mamografia.

E por último existe a opção de biópsia excisional, que é a retirada cirúrgica de toda lesão, em alguns casos necessária, porém com menos frequência.

6-     Entenda a diferença, e quando o procedimento é indicado.

 CIRURGIA

É o tratamento básico para o câncer de mama, que consiste em retirar a lesão com margens livres da doença. Realizada de forma curativa sempre que a doença não for metastática. Na doença metastática apenas realizada para redução tumoral se necessário e para aumento de sobrevida com qualidade. O tipo de cirurgia indicada levará em conta o tamanho e o tipo da lesão e o tamanho da mama, bem como a técnica utilizada para reconstrução da mesma.

Na cirurgia, sempre é realizada a avaliação axilar da doença, que chamamos de linfonodo sentinela ou se necessário esvaziamento axilar.

QUIMIOTERAPIA

É a administração de Medicações endovenosas para tratamento da doença sistêmica, ou seja, é para tentar evitar que a doença possa progredir ou aparecer em outros lugares do corpo. É o famoso tratamento que causa queda de cabelo. Ela não é indicada em todos os casos, sua indicação é multifatorial. É feita em ciclos conforme a prescrição do médico oncologista (por exemplo: a cada 21 dias...) As aplicações duram em torno de algumas horas.

RADIOTERAPIA

É uma espécie de RX na mama, é sempre indicada quando as pacientes não retiram toda a mama na cirurgia. No caso da retirada total da mama, sua indicação é individualizada. Também é um tratamento local da doença, que busca evitar que a doença retorne na mama. As sessões variam conforme a prescrição do médico radioterapeuta, mas na maioria dos casos são realizadas diariamente de 20 a 45 dias.



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