Sou Patrícia da Silva Ramos, tenho 49 anos, natural de Porto Alegre, atualmente moro em Capão da Canoa/RS.
Sou casada, tenho seis filhos: Douglas, 30 anos, Taiane, 28 anos, Tainara, 27 anos, Tífani, 23 anos, Vitor Gabriel, 21 anos, e Tais Larissa, 17 anos.
Tenho cinco netos: Pyetro, Ísis, Laura, Apolo, Benício.
Sou camareira, mas atualmente sou do lar.
Os meus hobbies são: fazer jardinagem e artesanato, ler, dançar, caminhar na beira da praia.
Fui diagnosticada com câncer de mama no dia 8 de outubro de 2017, carcinoma maligno, fiz cirurgia mastectomia e retirada de alguns nervos da axila esquerda.
Fase atual de tratamento: exames.
As pessoas mais importantes nesse processo foram: meu esposo em primeiro lugar, Joel Andrino, e meus seis filhos Douglas, Taiane, Tainara, Tífani, Vitor Gabriel e Tais Larissa.
Meu querido genro Mateus dos Reis Borba muitas vezes me juntou, me carregou no colo e me levava no atendimento 24 horas. Essa é a minha família. Tive uma vizinha que ia comigo nas químios, ela fechava a lojinha e ia sempre que podia sem me cobrar nada... e sempre me passando palavras positivas. Ela se chama Priscila.
A mãe do meu genro, a dona Cecília, também estava comigo na hora mais triste e crucial, mesmo ela sendo de idade e com problema nas pernas, que foi quando o médico me deu a notícia do câncer e pediu para cortar o cabelo. Por sorte já tinha que começar as químios. A enteada de meu esposo também acabou ficando comigo direto, como responsável, levando-me nas quimios, nos exames, tendo que encarar a parte dura e cruel de me ver gritar e chorar de dor e tendo desmaios. Em todos os momentos cruciais que passei, ela deixava seus dois filhos pequenos com quem ela podia contar. Então pagamos ela por dia para poder pagar alguém para ficar com seus filhos. Ela largava sua casa, seu esposo para me acompanhar até o hospital. Chegava a dormir comigo, às vezes de escorava sentada no chão quando não tinha cadeira, de tanto esgotamento e cansaço. No pós-cirurgia, ela teve que me vestir, ajudar no banho... Ela também foi guerreira. Chama-se Edilaine.